segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Os passos de um homem


A quem pertence uma experiência de vida? A experiência pertence a quem a discursiviza? O caso da experiência herdada seria exemplar disso? De que caminhos são feitos os atalhos para se chegar à história contada de alguém? São necessariamente atalhos? Não sei por que questionei essa escolha, mas essa projeção de si que desemboca numa história contida me parece mais um longo caminho, sinuoso e complexo, cheio de encruzilhadas, do que a sorte de encontrar um atalho. 
Questões singulares como estas sempre nos tocam como interesses de pesquisa e sempre nos deixam em meio a uma passagem estreita entre o conhecimento e o segredo. Quando e em que circunstância podemos circular com a caneta do destino uma experiência e denominá-la vivência? Seriam sinônimos estes conceitos? Seriam vizinhos?

Temos todos uma verdadeira fixação pela própria vida. Nenhuma história se fez diferentemente. Desde mesmo antes de virmos ao mundo, já somos pessoas na imaginação de nossos pais, já somos narrados em pequenos chutes ainda no ventre, nos enjoos, náuseas, sonolência ou insônia, nas faltas de ar...

Somos histórias sem começo e sem fim; sem começo porque ninguém pode dizer onde começou; sem fim porque ninguém pode dizer onde terminará. E no meio desse turbilhão de incertezas, as narrativas que vamos tecendo pouco a pouco.

domingo, 18 de setembro de 2016

Publicações a quem interessar

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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Saber voltar

Saber voltar é nunca temer o retorno, é dançar por cima do fogo sem temer as labaredas. Saber voltar é confiar no amor e dar-se a ele por inteiro, sem medo do passado troncho e das pontes decadentes... saber voltar é voltar.